A 𝙎𝙈𝘼𝙍𝙏 𝙍𝙀𝘼𝘿𝙄𝙉𝙀𝙎𝙎 E A INTEGRAÇÃO DE DADOS NA CERTIFICAÇÃO DE DESEMPENHO ENERGÉTICO

No dia 5 de Novembro, o BUILD-UP organizou um webinar com o projecto TIMEPAC sobre o tema “Promoção da Certificação do Desempenho Energético: Integrando Dados, Smart Readiness e Estratégias de Renovação”. Foram abordadas questões-chave da futura transformação dos Certificados de Desempenho Energético actuais, de acordo com as orientações da mais recente Directiva sobre o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD).

O TIMEPAC desenvolveu cenários futuros para implementar melhorias na certificação actual de edifícios. De acordo com o projecto, a ideia será passar de uma “avaliação estática” de edifícios individuais para uma “avaliação contínua e abrangente, considerando cada edifício como parte de um ambiente construído mais amplo e a sua utilização ao longo do tempo”. Profissionais, investigadores e outras partes interessadas envolvidas na certificação energética de edifícios têm partilhado a sua experiência através de formações e webinars realizados no âmbito da Academia TIMEPAC.

Um dos assuntos discutidos na sessão foi a avaliação da smart readiness e flexibilidade energética dos edifícios. A integração do Indicador de Prontidão Inteligente (SRI) na avaliação do desempenho energético de um edifício tem, segundo o TIMEPAC, “um potencial significativo para facilitar a mudança sustentável nas prácticas de desenvolvimento actuais e para transformar o parque de edifícios em grandes entidades geradoras de energia”. O projecto TIMEPAC aprofundou os elementos prácticos da auditoria SRI, concentrando-se na identificação da eficiência energética e flexibilidade nos edifícios e, como resultado, foi desenvolvido o Código de Conduta do TIMEPAC para a Avaliação de Sustentabilidade e Prontidão Inteligente.

Também foi debatida a forma como a integração de dados operacionais nos sistemas dos certificados energéticos poderia trazer melhorias para a “precisão e a fiabilidade dos certificados de desempenho energético”. Nos dados operacionais são incluídos elementos como a monitorização da energia, a qualidade do ambiente interior (QAI), a economia ou a sustentabilidade. O certificado de desempenho energético na sua forma melhorada, tal como concebido pelo TIMEPAC, também incorpora métodos de avaliação adicionais e indicadores que incluem medidas de qualidade ambiental interior, o impacto dos sistemas de automatização e controlo dos edifícios (SACE) e a relação custo-eficácia das medidas de poupança de energia.

A melhoria da qualidade das bases de dados dos certificados de desempenho energético através de Building Information Modeling (BIM) e os passaportes de renovação para a transformação do parque imobiliário foram outros temas abordados no webinar.