EU.BAC COASSINA CARTA QUE INSTA A UE A MANTER A "EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM PRIMEIRO LUGAR" NA LEI DO CLIMA

Num momento em que a União Europeia define o seu caminho rumo à neutralidade climática, a eficiência energética volta a ocupar o centro do debate político e industrial. A recente carta conjunta coassinada pela eu.bac – Associação Europeia de Automação e Controlo de Edifícios – juntamente com outras 67 empresas e 27 associações, vem reforçar uma mensagem clara: a eficiência energética deve ser a pedra basilar da nova Lei do Clima da UE. Neste contexto, os Sistemas de Automação e Controlo de Edifícios (SACE) desempenham um papel decisivo.

O princípio "Eficiência Energética em Primeiro Lugar" é entendido como uma abordagem estratégica que permite reduzir os custos do sistema energético, aumentar a resiliência dos consumidores e acelerar a integração das energias renováveis. No sector dos edifícios, isto traduz-se na priorização de tecnologias que reduzam o consumo e optimizem as operações.

Com a implementação de sistemas de automação e controlo, é possível optimizar funções como aquecimento, ventilação, ar condicionado (AVAC), iluminação e gestão de energia, resultando em poupanças imediatas, verificáveis e persistentes.

“Colocar o princípio ‘Eficiência Energética em Primeiro Lugar’ em prática é o caminho mais curto para reduzir os custos do sistema, facilitar a integração das energias renováveis e gerar consumidores resilientes”, destacou Gusts Kossovics, director executivo da eu.bac. “Os SACE tornam estes resultados mensuráveis e escaláveis em todo o parque imobiliário europeu.”

Além disso, os SACE garantem conforto térmico, qualidade ambiental interior (QAI) e flexibilidade do lado da procura — três pilares fundamentais para um ambiente construído eficiente e habitável.

No abaixo-assinado, que juntou líderes industriais e associações do sector da eficiência energética, a exclusão de referências explícitas ao princípio “Eficiência Energética em Primeiro Lugar” no mais recente projecto da Lei do Clima da UE é vista como um retrocesso preocupante. “Removê-lo da Lei do Clima ameaçaria a implementação em curso do quadro regulamentar da eficiência energética e enfraqueceria a nossa capacidade colectiva de cumprir os nossos objectivos climáticos. Isto criaria confusão para os decisores políticos, reguladores e investidores que ainda estão legalmente obrigados a aplicar o princípio no âmbito do Pacote Fit for 55”, lê-se no documento.

A indústria uniu-se para pedir apoio político e legislativo consistente, com uma visão a longo prazo. “Apelamos a que preservem a ambição e a integridade da Lei do Clima da UE, mantendo referências explícitas ao princípio ‘Eficiência Energética em Primeiro Lugar’ e ao seu papel central na criação de um sistema energético da UE seguro, acessível e totalmente descarbonizado”, conclui o abaixo-assinado.