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A inteligência dos edifícios tem ganho cada vez maior relevância quando se fala na promoção de um maior conforto e saúde dos seus ocupantes e na gestão da energia de forma mais eficiente. Para fomentar a inteligência nos edifícios, existe o SRI (Smart Readiness Indicator, em português Indicador de Aptidão para Tecnologias Inteligentes). O SRI está presente na Directiva Europeia para o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD) e, neste documento, é referido que deverá ser utilizado para “aferir a capacidade dos edifícios para utilizar tecnologias de informação e comunicação e sistemas electrónicos com vista a adaptar o funcionamento do edifício às necessidades dos ocupantes e à rede, bem como para melhorar a sua eficiência energética e o seu desempenho global”.
A ADENE, Agência para a Energia, lançou recentemente a plataforma E-learning SRI, através da qual é possível, de forma gratuita, alargar os conhecimentos na área da inteligência dos edifícios, incluindo conceitos associados aos requisitos relativos aos Sistemas de Automatização e Controlo de Edifícios (SACE). Para aceder aos conteúdos é necessário fazer uma inscrição neste site. A ADENE assegura que esta formação “permitirá a cada formando finalizar as várias etapas ao seu ritmo, de forma autónoma, e é suportado pelo projecto SRI2MARKET – Paving the way for the adoption of the SRI into national regulation and market, cofinanciado pela Comissão Europeia através do programa LIFE”.
Este projecto visa apoiar os Estados-Membros a integrarem o SRI na sua regulamentação e nos mercados nacionais, para que sejam reconhecidos os benefícios de tornar os edifícios mais inteligentes. O projecto utilizará a experiência de países que estão mais avançados na implementação do SRI, como Áustria e França, no sentido de apoiar aqueles que estão a iniciar as suas fases de teste para implementar melhorias na inteligência dos edifícios, como são os casos de Portugal, Espanha, Croácia e Chipre.
O SRI, ao ser aplicado em cada Estado-Membro e a nível europeu, pode ser útil para entender se o parque edificado está ou não apto para as tecnologias inteligentes. Os resultados das avaliações deste indicador vão fornecer dados aos decisores políticos para que sejam implementadas políticas que promovam a aplicação das tecnologias inteligentes nos edifícios.
Os Sistemas de Automatização e Controlo de Edifícios (SACE) são mencionados na recente revisão da Directiva Europeia para o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD): no artigo 13º do documento, é referido que os Estados-Membros devem estabelecer requisitos para assegurar que, se tal for técnica e economicamente viável, os edifícios não residenciais estejam equipados com sistemas de automatização e controlo. Algo que deve acontecer até 31 de Dezembro do próximo ano para os edifícios não residenciais cuja potência nominal útil dos sistemas de aquecimento, dos sistemas de ar condicionado, dos sistemas combinados de aquecimento e ventilação de espaços ou dos sistemas combinados de ar condicionado e ventilação seja superior a 290 kW. Até 31 de Dezembro de 2029, o mesmo terá de acontecer para os sistemas cuja potência nominal útil seja superior a 70kW.