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  • BSRIA ANALISA MATURIDADE DO MERCADO DOS SACE

    É certo que a eficiência energética, a sustentabilidade e o conforto dos ocupantes dos edifícios são prioridades cada vez mais urgentes. Os Sistemas de Automatização e Controlo de Edifícios (SACE) surgem como uma solução estratégica. Uma análise global da consultora britânica BSRIA revela um sector em rápida transformação, impulsionado por inovação tecnológica, legislação ambiental e mudanças geopolíticas.

    Os mercados ocidentais foram os grandes impulsionadores dos SACE, com quatro empresas — três americanas e duas europeias (alemã e francesa) — a representar cerca de 54% do mercado mundial. Em 2023, os Estados Unidos da América (EUA) mantinham-se como o maior mercado individual, com cerca de um terço da quota global, seguidos pela Alemanha (perto de 10%) e, até então, pela China.

    No entanto, 2024 trouxe uma forte contracção no mercado chinês, o que permitiu que a França e o Canadá passassem a ocupar a terceira e quarta posições, respectivamente. A China caiu, desta forma, para o quinto lugar.

    Algumas projecções para o final da década

    Devido a factores como as previsões económicas dinâmicas e a legislação que obriga à utilização dos SACE em muitos edifícios comerciais, as previsões da BSRIA apontam para um crescimento contínuo nos EUA, que poderão aumentar a sua quota em cerca de 1,5 pontos percentuais em 2029. Alemanha e França deverão manter-se estáveis, enquanto a China poderá manter-se estagnada, caso não reverta a tendência actual.

    O panorama poderá alterar-se se factores como tarifas comerciais, legislação ambiental e incentivos à inovação motivarem os países emergentes a investir no desenvolvimento de soluções e produtos a nível local. " Se estas tendências ganharem força, a quota dos nichos de mercado e dos mercados emergentes poderá crescer rapidamente para além dos cerca de 25% que representam actualmente”, refere a BSRIA.

    O investimento em SACE

    De acordo com a consultora, a proporção de gastos totais com os SACE face à construção não residencial (NR) permite também analisar o desempenho e potencial de cada país. Em 2024, apesar de a China ter investido 3,5 mil milhões de dólares em construção NR, apenas 0,004% desse valor foi aplicado em SACE.

    A Índia apresentou a mesma proporção, embora com um mercado de construção NR mais de cinco vezes inferior. Os Estados Unidos, por outro lado, gastaram menos da metade do valor total da China em construção NR, mas investiram 0,108% desse montante em SACE, confirmando um mercado significativamente mais evoluído.

    Os Países Baixos igualaram esta proporção dos EUA, mesmo com um mercado de construção não residencial 16 vezes menor. Já França, Reino Unido e Alemanha apresentam volumes semelhantes de construção NR, mas a França investe uma percentagem consideravelmente mais alta em SACE. A Alemanha destaca-se como o país com a maior proporção de investimento a nível global, com 0,173%, reflectindo uma forte valorização da automatização e do controlo de edifícios.

    Existe uma forte correlação entre o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o investimento em SACE por habitante. Países como EUA, Países Baixos, Emirados Árabes Unidos e Alemanha, com um PIB médio per capita elevado, apresentam níveis elevados de investimento per capita nos SACE. Em contrapartida, países como a China, a Índia e o México têm um PIB mais baixo e uma despesa muito mais baixa com os SACE.

    “Este facto fornece-nos uma métrica útil para identificar os mercados que são relativamente ‘maduros’, na medida em que têm um elevado consumo de SACE em relação ao seu PIB, e os que podem ser potencialmente considerados subdesenvolvidos”, salienta a BSRIA. Os Países Baixos, a Alemanha, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita apresentam níveis elevados de investimento em SACE face ao seu PIB, o que os posiciona como mercados avançados.

    Por outro lado, países como a China, Espanha, Reino Unido, Austrália e até os EUA investem proporcionalmente menos, revelando um potencial ainda por explorar. Oportunidades promissoras também se encontram em países de rendimentos mais baixos, como a China, a Índia e regiões da América do Sul, especialmente nas grandes cidades, onde existe uma forte procura imobiliária comercial.

  • Sistemas SACE
    julho 2025