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  • SRI: UM INDICADOR RUMO A EDIFÍCIOS MAIS INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS

    O Smart Readiness Indicator (SRI) tem recebido uma atenção crescente, num momento que antecede a sua implementação obrigatória. Os números falam por si: 16 países da União Europeia (UE) já aderiram voluntariamente à fase de testes, o que reflecte a crescente aceitação, confiança e ambição em torno deste indicador.

    A Comissão Europeia reconhece o SRI como um pilar fundamental da sua estratégia para um parque edificado eficiente, digital e descarbonizado até 2050. De forma simplificada, o objectivo passa por medir a capacidade que um edifício tem para utilizar tecnologias inteligentes. O envolvimento de instituições nacionais e agências de energia tem reforçado o carácter técnico e político desta ferramenta. Países como Portugal, Alemanha, França, Espanha e, mais recentemente, Itália, já integram o grupo de nações que estão a testar activamente o SRI no terreno.

    Sabendo que os edifícios representam 40% da energia consumida na União Europeia e que cerca de dois terços dos edifícios foram construídos antes do ano 2000, com um desempenho energético deficiente, o Smart Readiness Indicator surge como uma ferramenta capaz de optimizar a eficiência energética e o desempenho global durante a utilização de um edifício, adaptar o seu funcionamento às necessidades dos ocupantes e responder a sinais da rede, o que permite, por exemplo, uma maior flexibilidade.

    Foi recentemente apresentada pelo Comité Europeu de Normalização (CEN) uma abordagem estruturada e normalizada do procedimento de auditoria do SRI. O documento de normalização CWA 18193:2025 “Standardised On-site Audits of Smart Readiness Indicator (SRI) for Buildings” estabelece uma metodologia passo a passo para avaliar a prontidão de um edifício para tecnologias inteligentes, aplicável a auditores de energia, proprietários e gestores de edifícios, autoridades reguladoras e fornecedores de tecnologia.

    Paris Fokaiedes, professor associado da Escola de Engenharia da Universidade de Frederick, no Chipre, afirmou ao portal Enlit que “este é um enorme passo em frente no apoio à implementação do SRI em toda a Europa e no reforço do papel das tecnologias de construção inteligentes na transição energética”.

    Uma adesão com impacto local

    A adesão ao SRI tem crescido de forma descentralizada, adaptando-se às realidades nacionais. O caso de Itália, que iniciou em Março deste ano um projecto-piloto liderado pelo Ministério do Ambiente e da Segurança Energética, serve de exemplo: pelo menos 30 edifícios de diversas zonas climáticas serão analisados, ajustando o catálogo de serviços SRI às necessidades locais e explorando sinergias com os Certificados de Desempenho Energético e a correlação entre as pontuações SRI e as classes energéticas.

    Em paralelo, vários projectos financiados pela UE, como o EasySRI, SRI2MARKET e SRI-ENACT, estão a apoiar a implementação do SRI através do desenvolvimento de ferramentas de avaliação, normalização de metodologias e formação de avaliadores. A Comissão Europeia indica que os primeiros resultados demonstram o potencial do SRI para ajudar os proprietários a priorizar tecnologias inteligentes e alinhar digitalização com eficiência energética. Ao abrigo da reformulação da Directiva sobre o Desempenho Energéticos dos Edifícios (EPBD), um relatório sobre os testes e aplicação do SRI deverá ser apresentado pela Comissão Europeia ao Parlamento e Conselho Europeus até Junho de 2026.

  • Sistemas SACE
    maio 2025