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  • Covid-19: associações e especialistas deixam recomendações para o setor do AVAC-R

    À medida que se assiste ao agravamento da pandemia de covid-19 no mundo e a um número cada vez maior de países a decretar medidas para o confinamento e distanciamento social, várias entidades do setor da climatização internacionais e nacionais decidiram apresentar recomendações para ajudar os profissionais a responder à atual situação.

    A 17 de março, a Rehva – Federação Europeia das Associações de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado publicou um guia com recomendações para prevenir a propagação do novo coronavírus durante a operação e uso de edifícios de serviços, tendo em conta parâmetros relacionados com os sistemas de AVAC ou de águas. Uma vez que o conhecimento sobre o vírus e a doença está em constante evolução, o documento da Rehva foi atualizado em início de Abril, incluindo tópicos como informação sobre a estabilidade do vírus em temperaturas e humidade relativa diferentes, recomendações para a inspeção de equipamentos de recuperação de calor e orientações para proteção pessoal aquando da manutenção de sistemas de climatização. Para além disso, a revisão deste guia inclui ainda uma lista de 14 medidas práticas para a operação desta tipologia de edifícios. O documento pode ser consultado aqui.

    No seguimento destas orientações dos especialistas da REHVA a APIRAC publicou no dia 19 de Março um documento em Português – o Guia APIRAC – COVID19, de orientação sobre como operar e usar os serviços de instalação/manutenção/gestão técnica em edifícios com surto de coronavírus para impedir a propagação do COVID-19, no que diz respeito aos sistemas de Refrigeração e AVAC. O documento pode ser consultado aqui.

    Também a EFRIARC - Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado, se baseou no guia da Rehva e elaborou uma comunicação para os seus associados, incluindo seis recomendações para os profissionais do setor. A entidade sublinhou a importância que os sistemas de ventilação e de ar condicionado podem ter na redução dos riscos de contaminação por via área no interior dos edifícios, sem esquecer dos riscos que os técnicos deste setor enfrentam na sua atividade. Entre outros, o documento apela ao adiamento das operações de substituições de filtros e limpeza de condutas, ao prolongamento do tempo de operação dos sistemas de ventilação, se possível, para modo contínuo, à operação de sistemas de ar condicionado com exclusivamente com ar novo e à desactivação de recuperadores de calor rotativos. Para saber mais, clique aqui.

    Como não poderia deixar de ser ASHRAE tem-se mostrado muito ativa na prestação de informação e orientações aos seus membros e, depois de ter lançado um guia para a operação de edifícios durante a pandemia, criou um grupo de trabalho que irá ter como missão não só ajudar na resposta à atual situação, mas também elaborar orientações para que os edifícios estejam preparados para epidemias futuras. A ASHRAE Epidemic Task Force irá estudar o efeito dos sistemas de AVAC na transmissão de doenças em estabelecimentos de saúde, locais de trabalho, habitações e ambientes públicos e recreativos. Outro dos objetivos desta equipa será definir recomendações a seguir em hospitais de campanha, como os que estão a ser montados em centros de convenções, arenas ou pavilhões desportivos.

    Mas as orientações que envolvem o setor do AVAC não vêm apenas de instituições. Manuel Gameiro da Silva, professor catedrático da Universidade de Coimbra e especialista em climatização, publicou um estudo no qual chama a atenção para a importância da qualidade do ar interior na prevenção do contágio. O investigador alerta para o facto de, no caso da covid-19, “o papel que pode ser desempenhado pela transmissão através do modo de partículas em suspensão” estar a ser menorizado sem que haja uma evidência científica para tal e, por isso mesmo, algumas medidas de protecção estão a ser desaconselhadas. O estudo pode ser consultado aqui.

  • Sustentabilidade
    abril 2020