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  • Europa tem nova meta para redução de gases com efeito de estufa: 55% até 2030

    A Comissão Europeia quer aumentar a meta de redução de emissões de gases com efeito de estufa na Europa prevista para 2030 de 40 para 55 %. A intenção foi anunciada a 16 de setembro, durante o discurso do Estado da União da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Parlamento Europeu. Para alcançar a meta, a governante não esqueceu a importância dos edifícios, que devem “gerar menos desperdícios, ser menos dispendiosos e mais sustentáveis”.

    Durante o próximo verão, a legislação comunitária em matéria de energia e clima vai ser revista de modo a adaptar-se à nova meta, que, embora possa ser “excessiva para uns e insuficiente para outros”, é, aos olhos da Comissão, “ambiciosa, exequível e benéfica” para a Europa. “Vamos reforçar o comércio de emissões, fomentar as energias renováveis, melhorar a eficiência energética, reformar a tributação da energia”, acrescentou von der Leyen.

    No mesmo discurso, a governante anunciou os planos de Bruxelas para o NextGenerationEU, o instrumento de recuperação da União Europeia (UE), cuja dotação é de 750 mil milhões de euros. Face à importância do edificado, que representa 40% das emissões, este será um dos setores privilegiados com este instrumento, esperando-se que “o NextGenerationEU dê o pontapé de saída para uma vaga de reabilitação europeia [Renovation Wave] e coloque a UE na liderança da economia circular”.

    Para além disso, Bruxelas vai conceder 37 % (cerca de 277 mil milhões de euros) do orçamento disponível no NextGenerationEU aos objectivos traçados no Pacto Ecológico Europeu, sendo que se espera que 30 % dos 750 mil milhões do instrumento de recuperação sejam financiados através de green bonds (obrigações verdes). A par disto, será ainda feito investimento em projectos farol de grande impacto, nomeadamente nas áreas do hidrogénio, da renovação e na implementação de um milhão de pontos de carregamento.

    Como não podia deixar de ser, os impactos da pandemia de Covid-19 na vida dos europeus estiveram também em destaque no primeiro discurso do Estado da União de von der Leyen. A líder em Bruxelas sublinhou a necessidade de se construir uma União mais forte no domínio da saúde e de reforçar as capacidades europeias em termos de preparação e gestão de crises. A migração, o mercado de trabalho europeu e a transformação digital tiveram ainda lugar no discurso da governante, que pode ser lido aqui.

  • Sustentabilidade
    outubro 2020