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O setor dos edifícios registou um máximo histórico em termos de emissões de CO2 em 2019. Segundo um relatório da Global Alliance for Buildings and Construction (GlobalABC), as emissões resultantes da operação de edifícios alcançaram os 9,95 GtCO2 nesse ano, afastando o setor das metas intermédias a cumprir para alcançar a neutralidade carbónica em 2050.
O relatório 2020 Global Status Report for Buildings and Construction apurou que, embora o consumo de energia dos edifícios a nível mundial se tivesse mantido estável em 2019, no que se refere às emissões de CO2 relacionadas com a energia, os dados apontam para um aumento. Tal deve-se à crescente eletrificação, cuja geração tem por base uma maior proporção de combustíveis fósseis, em detrimento do uso direto de carvão, petróleo e biomassa tradicional, explica a mesma fonte.
De modo a alcançar a neutralidade carbónica em 2050, o setor dos edifícios terá de, até 2030, reduzir para metade as emissões diretas e em 60 % as indiretas, estima a Agência Internacional de Energia. Com os dados mais recentes e juntando as emissões resultantes do setor da construção, os edifícios são responsáveis por 38 % das emissões de CO2 a nível global, mostra o estudo da GlobalABC.
No entanto, apesar dos dados preocupantes, o relatório considera que existe agora, perante a necessidade de recuperação económica provocada pela crise pandémica, uma oportunidade para alterar a situação. “Os pacotes de recuperação verdes podem ser a acendalha que nos vai colocar na direção certa”, admitiu Inger Andersen, diretora executiva do Programa de Ambiente das Nações Unidas (UNEP), do qual faz parte a GlobalABC. Neste sentido, o relatório aconselha os líderes mundiais a aproveitarem os pacotes de recuperação económica para alavancar as intervenções profundas de reabilitação urbana com vista à melhoria do desempenho energético dos edifícios, e a estabelecerem normas exigentes para a nova construção.
“Colocar os edifícios e o sector da construção no caminho de baixo carbono vai abrandar as alterações climáticas e proporcionar benefícios de recuperação económica fortes, pelo que deveria ser uma prioridade óbvia para todos os governos”, afirmou Andersen.
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