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Em 2020, as fontes renováveis ultrapassaram, pela primeira vez, os combustíveis fósseis como principal fonte de energia na União Europeia (UE). A informação consta do relatório do Estado da União da Energia, adotado em finais de outubro pela Comissão Europeia e que apresenta um balanço dos progressos feitos na transição energética desde o lançamento do Pacto Ecológico Europeu, em 2019.
As renováveis foram responsáveis por 38 % da eletricidade produzida na UE em 2020, ficando assim ligeiramente acima do contributo dado pelos combustíveis fósseis (37 %). Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, o consumo de energia primária caiu 1,9 % e o consumo de energia final diminuiu 0,6 %.
No que toca às emissões de gases com efeito de estufa, os 27 países da União conseguiram alcançar uma redução de 10 % no ano que passou – uma “queda sem precedentes”, mas que se deveu, em grande parte, à pandemia. Apesar da redução, estes valores são ainda insuficientes para o cumprimento das metas climáticas europeias para 2020 e 2030, refere a mesma fonte, sendo, por isso, “necessário continuar a envidar esforços para resolver esta questão a nível dos Estados-Membros e da UE”.
Outro dado que consta no relatório é o do número de pessoas que se encontram em pobreza energética na Europa. Estima-se que este flagelo atinja até 31 milhões de europeus – uma situação que continua a “ser objeto de grande atenção”, perante os efeitos económicos e sociais da pandemia, mas também no atual contexto de subida dos preços da energia. Segundo o relatório, espera-se que este último faça parte de “uma situação temporária”, mas que vem alertar ainda mais para a urgência de diminuir a dependência energética do exterior da UE.
Este foi o primeiro relatório do Estado da União da Energia e inclui cinco relatórios interrelacionados, abordando os cinco pilares da União da Energia – aceleração da descarbonização centrada no Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da UE (CELE) e nas fontes renováveis de energia; aumento da eficiência energética; melhoria da segurança energética e das medidas de segurança; reforço do mercado interno; investigação, inovação e competitividade.
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